< Voltar Produtos de Crédito 20 ago 2025

Crédito à Habitação: Balcões perdem espaço, intermediários assumem a dianteira

O mercado do crédito à habitação em Portugal está a atravessar uma mudança estrutural que dificilmente terá regresso.

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  • Mudança sem volta a dar
  • Porque é que o balcão perdeu protagonismo
  • O enquadramento legal e a confiança do consumidor
  • A resposta da banca
  • O impacto direto no consumidor
  • O intermediário moderno precisa de tecnologia
  • O papel do CrediDesk nesta transformação
  • Uma tendência que veio para ficar

Mudança sem volta a dar

O mercado do crédito à habitação em Portugal está a atravessar uma mudança estrutural que dificilmente terá regresso. A ida ao balcão do banco, durante décadas o gesto automático de quem procurava financiamento para comprar casa, está a perder força e centralidade, enquanto os intermediários de crédito consolidam a sua posição como canal preferencial para grande parte das famílias.

 

Esta evolução foi recentemente analisada num artigo publicado no Expresso que sublinha o crescimento muito expressivo da intermediação e a forma como este modelo está a transformar o acesso ao crédito à habitação em Portugal.

Porque é que o balcão perdeu protagonismo

Durante muitos anos, o balcão foi o ponto de partida natural. O cliente dirigia-se ao seu banco, apresentava a intenção de comprar casa e recebia uma proposta com base no seu histórico de relacionamento. O problema é que esse modelo se tornou limitado e pouco competitivo. O consumidor atual tem mais informação, compara condições, valoriza rapidez e não aceita ficar preso a uma única visão. O balcão já não oferece a transparência nem a diversidade que o cliente procura, e a experiência acaba por ser percecionada como mais burocrática e menos ajustada ao ritmo da vida moderna.

 

Os intermediários, pelo contrário, oferecem um serviço que responde a estas novas expectativas. Reúnem propostas de diferentes bancos, analisam taxas, prazos e custos, explicam cláusulas com linguagem clara, simulam cenários para diferentes horizontes temporais e acompanham o cliente em todas as fases do processo até à assinatura final. O que antes era um caminho pesado, demorado e repleto de dúvidas transforma-se numa jornada mais ágil, acessível e controlada.

O enquadramento legal e a confiança do consumidor

Esta mudança não teria sido possível sem um enquadramento regulatório exigente que confere legitimidade e confiança ao setor. A atividade de intermediação de crédito em Portugal é regulada pelo Banco de Portugal, que impõe regras de registo, idoneidade, formação, deveres de informação e transparência, garantindo que os consumidores são devidamente protegidos e que os intermediários operam com elevados padrões de rigor.

 

Para o cliente, isto significa que ao trabalhar com um intermediário pode exigir identificação clara, acesso ao registo oficial, transparência sobre o modelo de remuneração, entrega de informação completa e explicações detalhadas sobre todos os custos envolvidos. Cada etapa é registada, auditável e sujeita a supervisão, o que reforça a segurança e a confiança no processo.

A resposta da banca

Perante esta nova realidade, os bancos estão a reposicionar a sua estratégia. Investem em canais digitais, reduzem a dependência de estruturas físicas e reconhecem nos intermediários parceiros essenciais para angariação de clientes. Esta divisão de tarefas acaba por gerar eficiência em todo o sistema: o banco recebe processos mais completos e organizados, preparados por profissionais que conhecem os requisitos e sabem antecipar falhas documentais, enquanto o cliente usufrui de um atendimento personalizado e de um leque mais vasto de opções, sem ter de percorrer balcões diferentes ou repetir sucessivamente os mesmos formulários.

 

No fundo, o intermediário funciona como um tradutor entre a linguagem técnica da banca e as necessidades concretas do cliente, reduzindo erros, acelerando aprovações e tornando o mercado mais transparente e competitivo.

O impacto direto no consumidor

Para as famílias, esta mudança é muito significativa. Já não é necessário confiar apenas no gestor de conta do banco habitual nem aceitar uma proposta como se fosse a única opção disponível. O intermediário oferece um conjunto de alternativas que podem ser comparadas lado a lado, ajuda a perceber como os diferentes prazos influenciam a prestação mensal, explica o peso dos seguros obrigatórios no custo final e estuda hipóteses de renegociação ou transferência de contratos antigos quando isso faz sentido.

 

O processo ganha clareza e previsibilidade, permitindo ao cliente tomar uma decisão mais informada e menos emocional, baseada em dados e cenários concretos. Além disso, o acompanhamento não se limita ao momento da contratação, já que muitos intermediários mantêm uma relação próxima ao longo do tempo, sinalizando oportunidades para rever condições ou renegociar taxas, sobretudo em momentos de oscilação de mercado.

O intermediário moderno precisa de tecnologia

Para que este modelo funcione de forma consistente, o intermediário precisa de mais do que experiência comercial. Precisa de sistemas robustos que organizam informação, de ferramentas que automatizam tarefas repetitivas, de processos que garantem conformidade e de indicadores que permitem medir tempos de ciclo, identificar gargalos e melhorar continuamente a qualidade do serviço.

 

Cada operação é única e depende de múltiplas variáveis: o perfil de rendimentos e estabilidade da família, as caraterísticas do imóvel, os critérios de risco do banco, as taxas em vigor, os seguros associados e as perspetivas de mercado. Só com tecnologia adequada é possível consolidar todos estes fatores, cruzar dados e apresentar recomendações fundamentadas, transformando informação dispersa em conhecimento útil para a decisão.

O papel do CrediDesk nesta transformação

É neste ponto que plataformas como o CrediDesk assumem relevância. As empresas de intermediação de crédito que utilizam esta solução trabalham com uma infraestrutura tecnológica desenhada para lidar com processos complexos de forma simples, rápida e segura. Dispõem de ferramentas que permitem analisar cada caso concreto em detalhe, comparar cenários, consolidar documentação, garantir conformidade com a regulação e acompanhar o cliente de forma personalizada em todas as etapas.

 

O CrediDesk oferece um espaço único para gerir todo o processo, desde a recolha inicial de dados até ao fecho da operação, permitindo simulações imediatas, comunicação rastreável com os bancos e registos completos que asseguram transparência e auditabilidade. Esta combinação de rigor e agilidade traduz-se em processos mais eficientes, mas também mais humanos, porque liberta o intermediário do peso da burocracia e devolve-lhe tempo para aconselhar, explicar e apoiar os clientes em decisões que marcam a vida de uma família.

 

No fundo, o que distingue quem já utiliza o CrediDesk é a capacidade de juntar inteligência tecnológica e conhecimento humano. O resultado é um nível de excelência no tratamento do processo e no trâmite da operação bancária que reforça a confiança do cliente e consolida o papel da intermediação como peça central no mercado de crédito à habitação em Portugal.

Uma tendência que veio para ficar

A conclusão é clara: pedir crédito à habitação deixou de ser sinónimo de visitar o balcão do banco e passou a significar avaliar cenários, comparar opções e confiar em profissionais que dominam tanto o mercado como as ferramentas que hoje o sustentam. Os intermediários conquistaram um espaço que dificilmente será perdido e plataformas como o CrediDesk estão a transformar esse espaço numa vantagem competitiva sustentável, onde tecnologia e proximidade andam de mãos dadas.

 

O futuro do crédito à habitação será construído nesta interseção entre consumidores mais exigentes, intermediários mais preparados e bancos mais focados na eficiência, com a digitalização a servir de base a um ecossistema mais transparente, mais rápido e mais justo.

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